Coração em Dúvidas

Recebi essa historinha da divadiz por email, pois leio todas as publicações de minhas amigas blogueiras e  resolvi publicar, gostei e espero que gostem tambem, bjussss

Os Caprichos Nossos de Cada Dia

Acho tanto que uma porção de gente pensa demais ao invés de viver. E como ando metafórico, vou de historinha nessa semana porque sou desses e vocês sabem (e me amam) disso!

Maria Lúcia (era uma menina linda) tinha um sonho: ganhar uma determinada boneca, toda trabalhada nos detalhes, um verdadeiro artigo de lusho, um ahazo de boneca. Pediu, implorou, mas o pai não podia comprar a dita cuja, já que custava caro e ele tinha problemas orçamentários. Crises financeiras, a gente vê por aqui.

Foi assim que um belo dia, a triste e infeliz Maria Lúcia, encontrou aquela mesma boneca que tanto queria, largada no chão e brincou com ela, feliz da vida por algumas horas, até que a verdadeira dona apareceu. Ela chorou, esperneou, mas entregou a boneca para a devida dona.

O tempo passou, Maria Lúcia cresceu, mas a vontade de ter a boneca permaneceu. Mais velha, vivida, decidiu: queria uma boneca, igual a que tanto sonhara quando criança. Procurou em lojas de brinquedos, de antiguidades e nada, nunca achou uma boneca como aquela.

Até que um dia, reencontrou uma antiga vizinha, a dona da boneca que brincara um dia e, conversando, soube que ela ainda guardava o brinquedo num velho sótão de coisas usadas. E, acreditem, ela disse que poderia dar a boneca para Maria Lúcia, que, encantada, aceitou o presente.

Em casa, Maria Lúcia pegou a boneca, brincou com ela, reviveu os bons momentos, mas algo parecia errado. A boneca não era dela. Será que ela deveria tê-la realmente? Será que ela QUERIA aquela boneca? Será que a boneca esqueceria a antiga dona e seria verdadeiramente sua?

A boneca, que não se importava com a dona antiga, ficou lá, sem saber o que iria acontecer. Largada, tomando poeira, simplesmente porque ousou, um dia, ter sido de outra pessoa.

E Maria Lúcia foi viver sua vida. Porque não importava o brinquedo. 

Só os seus caprichos.