O mercado da moda passa a olhar com cuidado, e bastante interesse, nas consumidoras com manequim acima do 46.


Confecções de tamanhos regulares apostam no mercado "plus size"

 Nada de roupas retas, escuras e lisas. As consumidoras "plus size", de manequim acima do 46, querem modelos que valorizem suas curvas e acompanhem a moda. As empresas acompanham a tendência. Muitas confecções investem na criação de peças e coleções para mulheres . 



Não se trata de aumentar o manequim do que já existe. É preciso pensar no corpo da consumidora e no caimento da roupa. "Elas adoram roupas que valorizem a cintura, o busto e o colo", afirma Débora Voss, coordenadora de produtos da Cativa. A marca Cativa Mais representa 10% do faturamento entre as 11 linhas da empresa.

Os fabricantes da Sizély, de roupas intimas, também têm uma marca dedicada às consumidoras tamanho 46+. A aposta no bojo estruturado e em detalhes como rendas, pedrarias e costuras delicadas.

A coleção primavera-verão 2011-2012 traz o rosa e o salmão como carros-chefe. "As mulheres cansaram do calçolão bege vovó", brinca Sidnei Simionato, diretor comercial da empresa. Apesar de as tangas médias serem o carro-chefe entre as calcinhas, a empresa oferece desde o fio dental até modelos amplos e de laterais largas.

A empresa ampliou o faturamento em 20% do ano passado para cá e pretende continuar neste ritmo. Com presença mais forte no Sul do Brasil, a Sizély está em busca de representantes comerciais em outras regiões.

A Milanina, que tem 15 anos e ingressou no segmento "plus size" há dez, também prevê aumento dos negócios. Atualmente, são duas unidades próprias e oito franquias com investimento inicial de R$ 300 mil e previsão de retorno de 24 a 36 meses.

Se as projeções do idealizador da marca Hassune Akl se concretizarem, em três anos serão 20 franquias.

De olho nesta oportunidade, a estilista mineira Claudia Nazarini ampliou sua oferta de 38 a 44 para tamanhos até o 58 há três meses. Especializada em roupas de festa, ela diz que tecidos fluidos e drapeados são as principais apostas.

"As consumidoras tinham necessidade de peças glamourosas que ficassem bem nelas", comenta. A estilista não vai deixar os tamanhos tradicionais, mas diz pretender focar no "plus size" para crescer 60% no próximo ano.

Fonte: Folha

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